segunda-feira, 6 de maio de 2013

LIVRO O ESTILINGUE, de CARLOS HERCULANO LOPES, EM BENEFÍCIO DO RECANTO DOS IDOSOS DO SERRO


 O autor escreveu o livro muito jovem, não o publicou, esqueceu-se dele e pensou que tivesse perdido os originais, até que foi surpreendido por uma pasta amarela, “bem comida pelo tempo, com originais intactos, 40 anos depois”. E, confessa: “Há muito tempo não chorava. Quando encontrei 'O estilingue'..., chorei”. Ele copiou tudo, seguiu a sequência e editou com “a maior originalidade possível”. 





















Teve a boa ideia de convidar Marcelo Lelis para fazer as ilustrações. “Deu tudo muito certo, pois Lelis me disse que teve infância parecida, em Montes Claros, no Norte de Minas.” O autor confessa que não se lembrava da maior parte das histórias; assim, o livro o ajudou a reviver suas memórias.

Para o leitor, o resultado não poderia ser melhor. O texto leve e fluente nos leva de volta ao tempo em que as brincadeiras inocentes exigiam muito da imaginação das crianças, como a do dia em que ele e a irmãzinha Denise “viajaram” para Diamantina a bordo de uma máquina de costura Singer. A poesia já se revelava na escrita do menino, que registrava tudo o que vivia com espontaneidade e vivacidade, mostrando desde cedo sua veia de escritor. As ilustrações de Marcelo Lelis são complemento indispensável para a obra, que tem o poder de levar o leitor, depois de conhecer a infância de Herculano, a buscar memórias de sua própria infância.

Do livro:
“Denise viajava realmente, na inocência de seus quatro anos./ E estava fazendo um passeio maravilhoso./ Eu também me deixava levar por aquele sonho gostoso./ A velha Singer corria com nunca, e eu passava todas as marchas, como se guiasse um carro de verdade./ Seguia a mesma rota do papai nos seus tempos de garoto, quando ia com vovô, só que montado a cavalo e não de carro como nós...”
Mário Alex Rosa fala sobre o livro ."Que o leitor não se engane, pois este não é um livro de memórias tradicional, daqueles em que só depois de anos de vivência alguns escritores lançam mão do seu passado para trazê-lo ao presente. A memória aqui não é a do homem feito, nem do escritor experimentado, mas de um adolescente sensível à escrita, que deixou registrada de forma inusitada sua pouca experiência de vida. Mas que experiência! Esta obra descreve a primeira infância de um menino no interior do Brasil, na região do Vale do  Rio Doce, em Minas Gerais, no final dos anos de 1960. A infância é contada por um narrador-autobiográfico quando tinha apenas 12 anos. Tudo é relatado de forma despojada, mas com muito lirismo e pureza: descobertas, conflitos, castigos, amizade e viagens, ainda que imaginárias. Com certeza, jovens e adultos, do campo ou da cidade, vão se encantar com esse estilingue que se estica para o presente e para o passado no tempo surpreendente da escrita." 
O evento acontecerá no próximo dia 09 de maio, a partir das 19h, no restaurante DONA LUCINHA, rua Padre Odorico, 38, esquina com Av. do Contorno, na Savassi.

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