quinta-feira, 7 de março de 2013

DOIS MINEIROS, DUAS HISTÓRIAS DE SUCESSO

ROBERTO VASCON


Nascido Roberto Vasconcellos, aos quatorze anos foi viver nas ruas da capital mineira, “pra quem dormia em um barraco praticamente sem teto não havia quase nenhuma diferença”, diz ele. Um dia sentado em uma praça conheceu um senhor e uma moça. Ambos foram os responsáveis pelo pontapé inicial que mudaria para sempre sua vida. O senhor era diretor do Teatro Municipal e ela a primeira bailarina. Conversando com Roberto pediram à ele que fizesse alguns passos de dança para perceberem sua desenvoltura. Dito e feito. Roberto foi aprender ballet clássico no Teatro Municipal (com autorização da mãe, por ser menor). Devido a idade ele não poderia ser oficialmente contratado como funcionário, mas o solidário corpo de bailarinos contribuía rigorosamente todo final de mês com um salário para Roberto. Passado-se alguns anos ele decidiu que iria morar no Rio de Janeiro, cidade que adora. A história é longa, seria preciso páginas e páginas para descrever passo a passo essa incrível trajetória pessoal. Afinal a história de Roberto daria um livro, um romance cheio de facetas e desfechos emocionantes.

No Rio trabalhando como limpador de carros na ruas dos subúrbio carioca novas experiências foram adquiridas. Entre um trabalho e outro, foi vendedor de macaquinhos de pelúcia nos sinais do bairro do Meiér – os bichinhos eram pendurados nos retrovisores de carros, na época esse enfeite fazia parte da cultura suburbana –; anos depois foi vendedor de móveis em uma loja no Leblon e em seguida vendedor na extinta Mr. Wonderful (de Luís Freitas e seu sócio Alan), em Ipanema, primeira loja fashion masculina no Rio. Considerado o melhor vendedor da loja ele só não conseguia vender para os estrangeiros por desconhecer a língua inglesa. “Eu queria ir para os Estados Unidos pra aprender inglês, ganhar fluência no idioma, voltar pro Brasil e vender para os gringos da loja”, declara Roberto. A questão do visto foi facilmente solucionada. “Quando no Consulado Americano a funcionária indagou o motivo de minha viagem, eu pensava em viajar para Miami, respondi que queria aprender inglês e conhecer vitrines diferentes, para vender mais na loja e ganhar também como vitrinista”, declara. “Só que a funcionária indicou Nova Iorque e não Miami. Vá para Nova Iorque, lá tem as vitrinas mais incríveis do mundo. Falou isso, concedeu o visto e me entregou um papel com anotações de vários endereços”.

Em New York City, em 1996, começou uma nova etapa de vida para Roberto, em pleno inverno de Manhathan. “Quando saí do Brasil eu tinha um lugar para ficar, um contato, mas chegando lá tudo foi diferente. Minha mãe com sua antiga sabedoria popular me disse pra usar jornal dentro da roupa para me proteger contra o frio”, revela Roberto. Para quem não sabe o jornal funciona como isolante térmico. (No interior é comum envolver a panela com jornal para manter a comida aquecida). Vivendo como homeless (sem teto) em pleno Central Park, na altura da Columbus Avenue, ele descobriu que os que viviam no parque colhiam latinhas de refrigerantes para ganhar alguns dólares. Dito e feito entre o comércio de “pets” Roberto foi varrer a neve da frente de uma Deli na Columbus Avenue. A mãe do proprietário, uma senhora italiana, gostou tanto da dedicação e simpatia de Roberto que pediu a seu filho que o contratasse como funcionário. Através de seus contatos conseguiu um quarto para ele em uma pensão exclusiva para universitários.

De repente veio um sonho. “Sonhei com bolsas voando em pleno Centro Park. No dia seguinte fui comprar couro, linha e agulha para fabricar minhas bolsas. Eu mesmo costurava... até hoje minhas mãos são calejadas”, conta Roberto. Ao contar esta história para um programa de TV em NYC o jornalista editou um vídeo captando a idéia do sonho, no qual bolsas de diversos tamanhos, formatos e cores voavam sob o parque. A trajetória de Roberto ganhou notoriedade na grande mídia. Mas a primeira a descobrir as bolsas foi uma jornalista do New York Times, do Caderno de Variedades. Roberto vendia as bolsas coloridas em pé, em pleno Central Park, exatamente em frente a localização da Deli. “Ela parou, olhou, pegou nas alças e perguntou se eram italianas.. Eu disse que o couro não era made in Italy, mas eu era filho de pais italianos. Me perguntou o preço e respondi 30 dólares. Me lembro como se fosse hoje. Ela deixou um depósito em dinheiro, pediu para eu aguardar, disse que iria no caixa eletrônico buscar o restante do valor. Quando retornou comprou todas as minhas bolsas”.

Do sonho a realidade. Aluguei uma máquina de costura para fabricar um número maior de bolsas. Nessa altura a jornalista havia publicado uma matéria sobre minhas bolsas. “Como ela não conseguia pronunciar Vasconcellos, fui rebatizado, meu nome mudou para Roberto Vascon”.

Do New York Times para o mundo. A tal matéria do New York Times foi publicada em pleno domingo de verão informando que “Roberto Vascon, handbags Brazilian-born New Yorker” estaria na Feira de Artesanato. “De repente eu vejo uma fila de mulheres para comprar minhas bolsas e eu tinha apenas algumas unidades na barraca que aluguei”, lembra o designer. A solução foi receber encomendas mediante depósito. De bolsa em bolsa ele foi expandindo seu negócio e consolidando o nome Roberto Vascon. “Certo dia recebo uma ligação informando que os executivos de uma empresa japonesa estavam interessados em conversar comigo”. Afinal o NYT é um jornal que corre em todo o mundo. “O dono da Deli, onde trabalhei, se tornou meu amigo e para esse encontro me aconselhou a contratar sua advogada de descendência nipônica, fluente em japonês, para acompanhar a conversa. Trezentos dólares a hora, eram os honorários, que fiz questão de pagar adiantado pois não tinha a intenção de exceder o tempo ...”, comenta Roberto. “Naquele dia minha vida deu um grande salto. O diretor do grupo me ofereceu uma quantia incrível para comprar a marca Roberto Vascon que seria comercializada no Japão. Fechamos um ótimo negócio para ambas as partes”. Tempos depois a empresa japonesa faliu e Roberto Vascon readquiriu a marca por dez por cento do valor da venda. “Com aquele dinheiro comprei um apartamento com vista de frente para o Central Park, minha antiga moradia, abri algumas lojas em Manhattan, passei a comprar couro em curtume italiano e atualmente, entre voltas e reviravoltas do destino, tenho uma shop-cum-studio – onde as clientes podem “customizar” minhas criações patenteadas, com entrega no prazo de duas semanas– localizada na 140 West 72nd St. 

Texto de  Diana Galvão 

Em NYC a shop-custom-studio Roberto Vascon Handbags se encontra à 140 West 72nd St (entre Broadway e Columbus Avenue) – New York – NY 10023 – (212) 787-9050 – Site: www.robertovascon.com - e-mail:vasconbags@earthlink.net e vasconbrasil@yahoo.com.br 

VASCON EM BELO HORIZONTE


Ateliê: AV. BARÃO  HOMEM DE MELO, 2035 -Fone: 031 3373 27 83  Belo Horizonte - MG
Lá, se você tiver aquela sorte,  poderá encontrar o original Roberto Vascon, que eu chamo de Vascon - sim, eu o conheço, com seu belo sorriso e o savoir faire de um gentleman.










MORITZ GLIK




O mineiro Moritz Glik, com a marca de joias que leva o seu nome, virou sensação entre personalidades como Ben Affleck, Penelope Cruz, Nicole Kidman, Jennifer Lopez e Justin Bieber.
Trabalhando há 22 anos em Nova York, Glik decidiu alçar voos maiores após encerrar as atividades da fábrica de sapatos da qual era sócio em Minas Gerais. No entanto, sua popularidade atingiu o ponto máximo em dezembro passado, quando a primeira dama norte-americana, Michelle Obama, apareceu em um evento ao lado do marido, o presidente Barack Obama, usando um par de brincos de sua última coleção avaliando em US$ 13 mil.


Michelle Obama usou uma de suas joias na apresentação do Oscar.





Famosos brasileiros como Caetano Veloso, Vera Fisher e Marieta Severo também já são clientes de Glik e o público tupiniquim também tem a sua disposição as belas joias criadas por Moritz Glik, já que elas já são a vendidas no Rio de Janeiro.










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