quinta-feira, 14 de março de 2013

Algodão: a China ainda reforça "ferozmente" seus estoques





 ICAC (International Cotton Advisory Committee), informa que a China deverá concentrar 47% do estoque mundial de algodão, no fim da estação 2012/2013.  O  organismo destaca que  o estoque atual está avaliado em 8 milhões de toneladas e aproximando-se daqui para frente do nível de demanda doméstica para a matéria-prima branca. "A reserva chinesa de algodão continua a desenvolver-se durante esta estação em um ritmo feroz, com cerca de 6 milhões de toneladas a mais de algodão entre setembro de 2012 e janeiro de 2013", avalia por hora o ICAC.

O estoque foi constituído pela compra das produções nacionais a preços superiores aos praticados no mercado internacional. Estratégia de apoio aos agricultores, cujo efeito perverso é de entorpecer o custo de produção das fábricas de fios locais. Mas a medida protecionista de Pequim tem por objeto, por um lado, a resposta à uma demanda crescente e, por outro lado, a antecipação da baixa aguardada da produção mundial, a partir do momento em que as cotações voltaram a cair depois da espetacular arrancada vista em 2011.

No momento em que os observadores temem uma reprodução deste último cenário, a atitude da China preocupa. Cortando o acesso a seus produtos de algodão, o Império do Meio havia contribuído amplamente para a explosão do preço da matéria-prima, o que havia acarretado, no final, a alta de outras matérias-primas do setor do vestuário.

Fonte:  Mathieu Guinebault

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