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sexta-feira, 29 de julho de 2011
Perda de memória na velhice pode ser travada.
Desvendadas mudanças moleculares associados ao envelhecimento
Equipe avaliou atividade neuronal de primatas
O deficit cognitivo que decorre do envelhecimento pode ser recuperado, caso sejam atendidas as necessidades moleculares dos circuitos neurais, revelou um estudo publicado na
Arnsten lembrou que o funcionamento da memória é importante para as tarefas diárias, inclusive para planejar coisas com tempo e para a aprendizagem.
No processo de envelhecimento habitual, essas funções diminuem, o que acarreta problemas cognitivos como o esquecimento e a distração, mas não se conheciam as mudanças moleculares associados a este envelhecimento natural.
Para observar as mudanças fisiológicas, Amy Arnsten e a sua equipa analisaram as tarefas atribuídas aos macacos e constataram que a resposta dos padrões de ativação dos neurônios do PFC à apresentação dos sinais não variava com a idade. No entanto, a ativação de neurônios durante o período de atraso - o tempo entre a apresentação de um sinal e a resposta - mostrou uma grande redução com a idade.
Contudo, esses neurônios podiam ser parcialmente restabelecidas aos níveis de ativação de jovens adultos quando os investigadores bloqueavam dois circuitos neurais específicos nos neurônios do PFC."Nature"que avaliou a actividade dos neurónios de primatas.
Investigadores da Escola de Medicina da Universidade de Yale, liderados por Amy Arnsten, avaliaram as respostas de seis macacos jovens, de média idade e velhos de acordo com as tarefas atribuídas pelos cientistas, a fim de medir a memória dos primatas a curto prazo.
De acordo com a investigação, nos macacos de idade avançada houve uma falha constante dos neurônios no córtex pré-frontal (PFC), uma área do cérebro muito importante para o funcionamento da memória. Essa redução dos níveis de ativação de neurônios pode ser contornada se se conseguir situar o PFC num meio ambiente neuro-químico saudável, como o encontrado nos macacos mais jovens.
Desta forma, a integridade fisiológica dos neurônios “velhos” pode ser restabelecida se forem atendidas as necessidades moleculares dos circuitos neurais, crêem os cientistas.
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