quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

ICEWINE - UM BRINDE DA NATUREZA



O Icewine, também conhecido por eiswein, na Alemanha e “Vinho de Gelo”, no Brasil, é produzido especialmente no Canadá, mas também na Alemanha e Áustria. Notícias recentes dão conta que também o Brasil está produzindo este vinho, na região de São Joaquim, em Santa Catarina, região que, no inverno, atinge temperaturas muito baixas.
Este vinho é produzido a partir de uvas brancas, especialmente a Riesling, a Gewüstraminer e a Vidal. Raramente à partir de uvas tintas, mas quando usadas a principal é a Cabernet Franc. As uvas devem ser recolhidas perfeitamente maduras, a uma temperatura de, pelo menos -8º ou menos, com as bagas totalmente congeladas. Somente a água presente nas uvas congela mas os açucares não. São então levadas à vinícola, onde são prensadas suavemente, até a obtenção de um mosto doce, muito parecido com mel, acrescido de uma acidez espetacular.

Quando mais jovens, são vinhos doces e de acentuada acidez, mas com o tempo, evoluem para aromas que lembram gengibre, tangerina, mel, além de outros aromas exóticos e muito agradáveis.

Devido à demora na colheita para favorecer o amadurecimento, se a temperatura não for adequada, as uvas poderão apodrecer ou ainda, no caso de um inverno muito severo, congelarem também os açucares, impedindo a obtenção do mosto.


Graças ao dos invernos no Canadá e às exigentes normas legais de produção, sempre natural, são obtidos Icewine de grande qualidade, frutados, complexos, dourado ou âmbar escuro e perfeitamente equilibrados entre acidez e doçura. Seu consumo per capita naquele país chega a 15 litros/ano. Lá, o Icewine começou a ser produzido no ano de 1973 e hoje é o maior produtor mundial. Existem mais de 300 vinícolas licenciadas para a produção.

No nosso país, não há, ainda, uma grande oferta desse vinho. Mas pode ser encontrado sim. O preço médio para a garrafa de 500 ml é de R$ 250,00

É um vinho que, como um bom Sauternes francês ou ainda, um Late Laverst, merece ser degustado acompanhando sobremesas à base de frutas secas, queijos azuis. Mas é também uma delícia para ser degustado sozinho.

Depois de aberto, deve ser consumido logo, pois, ao contrário dos vinhos fortificados, não tem estrutura para ser guardado após aberto, perdendo logo suas características.

Saúde!


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Não seja deselegante, utilize-se do seu espaço com dignidade.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.