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segunda-feira, 23 de abril de 2012
No Vale do Loire, a maior Catedral gótica da Europa
Na região do Vale do Loire se encontra a maior Catedral gótica da Europa, uma das maiores expressões da arte mundial: a Catedral de Chartres, cuja construção se iniciou no séc. XII.
Em 24 de Outubro de 1260 a catedral foi consagrada na presença do rei Luís IX. O rei Henrique IV foi o único monarca francês a ser sagrado neste templo.
No começo do século XII, a arquitetura predominante ainda é a românica, mas já começaram a aparecer as primeiras mudanças que conduziram a uma revolução profunda na arte de projetar e construir grandes edifícios.
A primeira diferença que notamos entre a igreja gótica e a românica é a fachada. Enquanto, de modo geral, a igreja românica apresenta um único portal, a igreja gótica tem três portais que dão acesso à três naves do interior da igreja: a nave central e as duas naves laterais.
A arquitetura expressa a grandiosidade, a crença na existência de um Deus que vive num plano superior; tudo se volta para o alto, projetando-se na direção do céu, como se vê nas pontas agulhadas das torres de algumas igrejas góticas O edifício original construído por Fulbert incendiou-se em 1194 e imediatamente se acometeram as obras de reconstrução, que se prolongariam durante décadas. O acrescento mais importante é a torre noroeste, dita Clocher Neuf, concluída no ano 1513 para equilibrar a composição imposta pela primeira torre (que se erguia desde 1160).
A catedral tem 2.500 m² de vidros coloridos em 176 janelas maravilhosas, entre elas três rosáceas mundialmente famosas. A cor profunda e intensa conhecida como "azul Chartres" está imortalizada nos vidros da catedral. Algumas janelas ilustram histórias da Bíblia: figuras que já forneceram uma forma silenciosa de comunicar os conceitos cristãos para os peregrinos analfabetos que iam para a catedral nos tempos medievais.
A fachada ocidental, chamada Pórtico Real, é especialmente importante graças a uma série de esculturas de meados do século XII; o pórtico principal contém um magnífico relevo de Jesus Cristo glorificado; a do transepto (ou nave transversal) meridional (c. 1224-1250) organiza-se em torno a imagens do Novo Testamento, que narram o Juízo Final; enquanto que o pórtico oposto, situado no lado norte, está dedicado ao Antigo Testamento e ao advento de Cristo e se destaca pela impressionante qualidade do grupo escultórico dedicado à Criação.
Conforme o sol viaja pelo céu do amanhecer ao crepúsculo, as famosas janelas de vidros coloridos da Catedral de Chartres colorem e exibem imagens como em um caleidoscópio. Raios de luz colorida se espalham pelo grandioso lugar, preenchendo-o com a glória de Deus.
Os primeiros peregrinos viram essa obra magistral da arquitetura gótica do século XIII assim como os visitantes modernos o fazem. Em direção aos céus da cidade de Chartres, seus pináculos perfuram o céu azul. Chamada de Catedral de Notre-Dame, ela era local de peregrinação porque abriga o que os fiéis acreditam ser o véu que a Virgem Maria vestia durante o nascimento de Jesus. Em 1194, a relíquia milagrosamente sobreviveu a um incêndio que destruiu a maioria das catedrais romanescas do lugar.
Em apenas 30 anos, os elementos sobreviventes foram restaurados com a nova catedral gótica. Imenso, com 130 m de comprimento, o prédio tem uma nave de 17m, a mais larga da França. Uma das torres de sino assimétricas é o campanário romanesco mais alto do mundo (105 m) e a outra torre é um campanário gótico ainda mais sublime.
No chão da nave há um labirinto de pedra que, embora tenha apenas 13 m de comprimento, se fosse desenrolado, teria um caminho cheio de curvas de 261 m. Há tempos, o labirinto serve para os fiéis como uma peregrinação simbólica à Terra Sagrada e como uma caminhada mística de meditação.
O labririnto, conhecido por “Caminho de Jerusalém” possui uma singularidade que reside no reflexo da rosácea do vitral em seu centro. A especificidade do labirinto não se resume em sua forma, nem em sua função religiosa ou militar. Sua localização não aleatória, é especial.
Durante as duas guerras mundiais, os vitrais foram desmontados peça por peça e guardados em lugar seguro.
A sua preciosa relíquia, "Um véu venerado como tendo sido portado pela Virgem Maria", proveniente da Palestina e que esteve guardado no tesouro imperial de Constantinopla, foi oferecido pela imperatriz Frêne à Catedral de Chartres em 876 e, desde então, ele é mantido no relicário, sob a luz do magnífico vitral.
Conforme o sol viaja pelo céu do amanhecer ao crepúsculo, as famosas janelas de vidros coloridos da Catedral de Chartres colorem e exibem imagens como em um caleidoscópio. Raios de luz colorida se espalham pelo grandioso lugar, preenchendo-o.
Fonte: www.historiadaarte.com.br©; Jerry Camarillo Dunn Jr;
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